LTA: Vivemos em grupo

12 de nov. de 2011


Ela chega da escola feliz da vida, dá um beijo e um abraço apertado (" Como nos velhos tempos, pensa a mãe")  e logo solta o pedido: " Mãe, compra mim uma mochila igual à da Raquel?". Depois de tanta manifestação de carinho, a mãe não nega, faz umas contas malucas na cabeça, na hora, e conclui que ainda pode incluir mais essa despesinha no cartão de crédito. Dia seguinte, a mãe chega toda feliz, com a mochila, na esperança de agradá-la. Ela chega da escola, a mãe entrega a encomenda. Na verdade não é bem igual à da Raquel, mas muito mais bonita (e até um pouco mais cara). Em torca a mãe recebe um ataque de raiva: ''Não era essa que eu queria!'', diz ela, aos berros, enquanto já se encaminha para o quarto e bate a porta daquele 'jeitinho' que a mãe odeia. Todo o carinho do dia anterior transformado nisso. De nada adiantam os argumentos da mãe. Se não sair para devolver a mochila e trocá-la pelo tipo que a filha quer, provavelmente o destino do presente da mãe, será o fundo do armário... no meio da bagunça. E a mãe só vai entender o comportamento da filha se um dia parar e prestar atenção às mochilas que suas colegas usam: são todas iguais.
Antes de julgar a filha como 'maria-vai-com-as-outras' , é necessário entender, que todo adolescente, precisa de um grupo, no qual se encaixe, e se sinta bem. Por isso, certos objetos, são usados como um 'símbolo' para identificar, tal membro de determinado grupo.
 A coletividade entre nós, é necessário, exerce um efeito educativo, estabelece normas e regras para a formação de nossa personalidade. No grupo nos sentimos em casa. É ali, que iremos adquirir informações em diversos assuntos, que certas famílias conservadoras, não pode ensinar, que de forma já exerceu sua função e não a nada mais o que acrescentar. A escola, também é uma estrutura grupal imposta pelos pais, mas não dá ao jovem uma franca opção. Outra característica do grupo, é a sensação de segurança que o jovem adquire, a fim de libertar sua expressão, a capacidade de transformar a agressividade em dinamismo, em algo construtivo. Sabe-se que, quando a agressividade não é bem-canalizada, pode se transformar em algo destrutivo ao extremo. Assim, o grupo é importantíssimo para o processo de socialização, pois absorve sensações e sentimentos diversos, como culpa, agressividade e inferioridade, apontando novos caminhos para o jovem. 
Mas o grupo também pode ser agressivo com a coletividade. Isso vai depender da situação familiar prévia de cada um dos componentes. É simples e claro: o adolescente que, quando criança foi agredido, brutalizado, tolhido ou foi criado sem limite algum, escolherá um grupo que tomas estas mesmas atitudes com a coletividade. Nada mais do que uma resposta às constantes agressões que eles próprios foram vítimas.
Nestes grupos, o álcool e outras drogas são utilizados com o intuito de desinibir ou de ser aceito naquela comunidade, pois estas substâncias permitem algo que normalmente não seria permitido. Nesta hora, geralmente o que acontece é que os pais entram em pânico, sem saber como lidar com aquela criatura que agora já se sente tão dona do mundo s ponto de chegar em casa de porre ou drogado, sem respeitar os limites impostos pela família. A importância de programas de conscientização e educação de nassa visando ao público jovem e adolescente quanto aos riscos das drogas e como lidar com elas de forma preventiva, é a maneira mais eficaz para se lidar com uma situação desse tipo. E, mais uma vez, o diálogo o carinho, a compreensão aliados a certa dose de limite e autoridade, nunca é demais lembrar. Convém deixar claro que exemplo de adultos são fundamentais nessa hora, do que adianta falar de maconha e crack se está portando um cigarro na mão, ou falar de bebida se está tomando um bom uísque com duas pedras de gelo. Nunca pode se subestimar um adolescente a ponto de achar que ele não vai notar esses detalhes. Nota sim, e vai cobrar mais tarde.

Indico para assistir : Escritores da Liberdade
Fonte: Socorro, meu filho é um adolescente, Dr. Christian Gauderer

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